quarta-feira, 25 de abril de 2012

25 de ABRIL


PORTUGAL: REVOLUÇÃO E TRANSIÇÃO PARA A DEMOCRACIA

Se recuássemos uns anos, até antes do 25 de Abril de 1974, não reconheceríamos Portugal.

Não havia liberdade. Existia censura, a atividade política, associativa e sindical era quase nula e controlada pela polícia política, havia presos políticos, a Constituição não garantia os direitos dos cidadãos, Portugal mantinha uma guerra colonial e encontrava-se praticamente isolado na comunidade internacional.
A informação e as formas de expressão cultural eram controladas, fazia-se uma censura prévia que abrangia a Imprensa, o Cinema, o Teatro, as Artes Plásticas, a Música e a Escrita. Não havia Liberdade.
A atividade política estava condicionada, não existiam eleições livres e a única organização política aceite era a União Nacional/Ação Nacional Popular. A oposição ao regime  autoritário de Salazar e depois de Marcelo Caetano, era perseguida pela polícia política (PIDE/DGS) e tinha de agir na clandestinidade ou refugiar-se no exílio.
Os oposicionistas, sob a acusação de pensarem e agirem contra a ideologia e prática do Estado Novo, eram presos em cadeias e centros especiais de detenção (Caxias, Aljube Tarrafal). Não havia Liberdade nem Democracia.
A Constituição não garantia o direito dos cidadãos à educação, à saúde, ao trabalho, à habitação. Não existia o direito de reunião e de livre associação e as manifestações eram proibidas. Não havia Liberdade.
Portugal estava envolvido na guerra colonial em Angola, na Guiné e em Moçambique, o que gerou o protesto de milhares de jovens e se transformou num dos temas dominantes da oposição ao regime, com especial realce para os estudantes universitários. Não havia Liberdade nem Paz.
Hoje é difícil imaginar como era Portugal antes do 25 de Abril de 1974. Mas, se pensarmos que, por exemplo, as escolas tinham salas e recreios separados para rapazes e raparigas, que muitos discos e livros estavam proibidos, que existiam nas Rádios listas de música que não se podia passar, que havia bens de consumo que não se podiam importar, que não se podia sair livremente do país, que sobre todos os rapazes de 18 anos pairava o espectro da guerra, será mais fácil compreender porque é que a Mudança  teve de acontecer e como é que Portugal se tornou diferente. 

CRONOLOGIA DA REVOLUÇÃO



Um grupo de capitães (entre os quais se encontravam Salgueiro MaiaOtelo Saraiva de CarvalhoVasco LourençoMelo Antunes) que, desde há alguns meses. conspirava contra o regime de ditadura vigente no país fez acontecer a Revolução dos Cravos em Abril de 1974.


24/03
Última reunião clandestina da Comissão Coordenadora do Movimento das Forças Armadas (MFA), na qual foi decidido o derrube do regime e o golpe militar.



23/04
Otelo Saraiva de Carvalho entrega, a capitães mensageiros, sobrescritos fechados contendo as instruções para as ações a desencadear na noite de 24 para 25 e um exemplar do jornal a Época, como senha de identificação, destinada às unidades militares participantes.



24/04
O jornal República, em breve notícia, chama a atenção dos seus leitores para a emissão do programa Limite  dessa noite, na Rádio Renascença.

22h Otelo Saraiva de Carvalho e outros cinco oficiais ligados ao MFA, entre eles Sanches Osório e Victor Crespo, já estão no Regimento de Engenharia 1 na Pontinha (Lisboa) onde, desde a véspera, fora clandestinamente preparado o Posto de Comando do Movimento. Será ele a comandar as operações militares contra o regime.

22. 55h   A transmissão da canção ”E depois do Adeus”, interpretada por Paulo de Carvalho, aos microfones dos Emissores Associados de Lisboa, marca o início das operações militares contra o regime. 




 


25/04
0. 20h  A transmissão da canção ”Grândola Vila Morena“ de José Afonso, no programa Limite da Rádio Renascença, é a senha, escolhida pelo MFA, como sinal confirmativo de que as operações militares estão em marcha e são irreversíveis. 

0.30 h às 16 h Ocupação de pontos estratégicos considerados fundamentais (RTP, Emissora Nacional, Rádio Clube Português, Aeroporto de Lisboa, Quartel General, Estado Maior do Exército, Ministério do Exército, Banco de Portugal e Marconi).
Primeiro Comunicado do MFA difundido
  pelo Rádio Clube Português.
Forças da Escola Prática de Cavalaria de Santarém estacionam no Terreiro do Paço.
As forças paramilitares leais ao regime começam a render-se: a Legião Portuguesa é a primeira.
Início do cerco ao Quartel do Carmo, chefiado por Salgueiro Maia, entre milhares de pessoas que apoiavam os militares revoltosos. Dentro do Quartel estão refugiados o Primeiro Ministro Marcelo Caetano e mais dois ministros do seu Gabinete, César Moreira Baptista e Rui Patrício.
16.30h Expirado o prazo inicial para a rendição anunciado por megafone pelo Capitão Salgueiro Maia, e após algumas diligências feitas por mediadores civis, Marcelo Caetano faz saber que está disposto a render-se e pede a comparência no Quartel do Carmo de um oficial do MFA de patente não inferior a coronel.
17.45h Spínola, mandatado pelo MFA  entra no Quartel do Carmo para negociar a rendição do Governo. 
O Quartel do Carmo hasteia a bandeira branca.
19. 30 h Rendição de Marcelo Caetano. A chaimite BULA entra no Quartel para retirar o ex-presidente do Conselho e os ministros que o acompanhavam, levando-os, à guarda do MFA para o Posto de Comando do Movimento no Quartel da Pontinha.
20 h  Disparos de elementos da PIDE/DGS sobre manifestantes que começavam a afluir à sede daquela polícia na Rua António Maria Cardoso, fazem quatro mortos e 45 feridos. 































 


26/04
A PIDE/DGS rende-se após conversa telefónica entre o General Spínola e Silva Pais diretor daquela corporação.
Apresentação da Junta de Salvação Nacional ao país, perante as câmaras da RTP.
Por ordem do MFA Marcelo CaetanoAmérico Tomás, César Moreira Baptista e outros elementos afetos ao antigo regime, são enviados para a Madeira.
O General Spínola é designado Presidente da República. 
São libertados os presos políticos de Caxias e Peniche. 



27/4
Apresentação do Programa do Movimento das Forças Armadas.



29
a 30/05
Regressam do exílio os líderes do Partido Socialista (Mário Soares) e do Partido Comunista Português (Álvaro Cunhal).



01/05
Manifestação do 1º de Maio, em Lisboa, congrega cerca de 500.000 pessoas. Outras grandes manifestações decorreram nas principais cidades do país.


(Fonte: Centro de Documentação  25 de Abril - Universidade de Coimbra)

quinta-feira, 19 de abril de 2012

FRANCISCO MOITA FLORES NA NOSSA ESCOLA



Francisco Moita Flores tem o nome associado a uma vasta e prestigiada obra que se distribui pelo romance, televisão, cinema e teatro. Alguns dos seus trabalhos estão inscritos na galeria da melhor ficção nacional. Ballet Rose, Raia dos Medos, O Processo dos Távora, A Ferreirinha, A Fúria das Vinhas, Não Há Lugar Para Divorciadas, Polícias sem História, Filhos do Vento, Mataram o Sidónio, as adaptações de grandes autores como Aquilino Ribeiro, Eça de Queirós, Júlio Dinis, entre outros, tornaram-no uma figura incontornável da dramaturgia escrita em português. Traduzido em várias línguas, várias vezes premiado quer em Portugal quer no estrangeiro, acabou por ser recentemente distinguido pelo Presidente da República com a condecoração de Grande Oficial da Ordem do Infante. Investigador dos fenómenos da violência e da segurança, «está», como costuma dizer, Presidente da Câmara Municipal de Santarém.

A NÃO PERDER!

segunda-feira, 9 de abril de 2012

CONCURSO PNL



Divulgamos um Concurso do Blogue do Plano Nacional de Leitura e desafiamos os nossos alunos com veia de poeta a participar. Aqui ficam as orientações.



Escrever um poema
O Blogue do PNL está aberto à participação e todos os jovens criadores, entre os 14 e os 21 anos de idade, que nos queiram enviar as suas produções literárias. Envie o seu texto indicando os dados pessoais para o nosso endereço de email bloguedopnl@gmail.com.
Os trabalhos seleccionados serão publicados neste blogue.
Destinatários: Jovens poetas dos 14-21 anos de idade


Objectivo: Promoção da leitura e da escrita criativa


Modalidade: Poesia


Tema: Livre


Dimensão do texto: até 1500 caracteres


Informação necessária:
Nome do autor:
Idade:
Ano de escolaridade:
Agrupamento / Escola não agrupada:
Título do Poema:


Normas:
  • Os autores dos poemas enviados cedem ao Plano Nacional de Leitura (PNL) os respectivos direitos de eventual publicação no blogue do PNL e numa antologia de poemas seleccionados.
  • O PNL compromete-se a manter a menção da autoria dos textos publicados.
  • Os critérios de selecção e publicação são da competência e responsabilidade do PNL e não passíveis de recurso.


    Atreve-te a participar e poderás ver o teu poema publicado...

O que é LER?


A Revista Ler, por ocasião do seu 25º Aniversário, convidou alguns dos autores a responder a esta pergunta singela:

O QUE É LER?

 Aqui ficam as primeiras respostas.




(fonte: http://pnlblogue.blogspot.pt/)