Pocahontas e Jonh Rolfe
A história dos amores de
Pocahontas e Jonh Rolfe ficou mais conhecida após a divulgação do filme,
realizado pela Walt Disney.
No entanto, esta história que
correu mundo, foi criada a partir de
dados concretos e bem reais.
Pocahontas era a expressão
familiar por que era tratada uma jovem índia (1595/1617), filha de
Wahunsunacock, chefe de uma grande tribo, que vivia nos territórios onde hoje
se situa o estado da Virgínia. Na época
esta vasta região fazia parte das colónias inglesas da América do Norte, e a
ela acorriam muitos colonos ingleses, para se fixarem e dedicarem à plantação
de tabaco.
Tal foi o caso do inglês John
Rolfe, que depois de ter enviuvado, resolveu continuar nessa região para manter
a plantação e o comércio de tabaco, que constituía uma grande fonte de
receitas.
John Rolfe conheceu Pocahontas e
apaixonou-se por ela. Apesar de ele próprio, inicialmente achar um pouco
estranho este seu amor por uma mulher em tudo tão diferente de si, o certo é
que acabou por pedir licença ao governador para casar com ela.
O casal era realmente estranho,
pois apesar da juventude e da beleza de Pocahontas, toda a sua forma de vida
era oposta à do colono inglês. Ela representava aquilo que a tradicional
sociedade colonial considerava “o mundo selvagem”, enquanto que ele era um elemento da melhor sociedade
inglesa. Seja como for, os dois viviam em paz e felizes, tendo tido um filho.
O casamento terá ajudado a
estabelecer boas relações entre os índios e os colonos, razão pela qual este
casal, acompanhado por mais 11 índios, se deslocou em 1616 a Inglaterra.
Ao chegarem as reacções que
suscitavam eram variadas, mas no geral, a surpresa e alguma crítica eram as
mais vulgares. Por tudo isto, o rei inicialmente recusou-se a receber Pocahontas,
comprometendo seriamente a missão em que estavam empenhados.
A seu favor e valorizando o seu
papel de boa alma, terá intercedido John Smith, outro comerciante inglês que
convivera com este casal, aquando da sua vida na colónia inglesa.
Finalmente, o rei decidiu receber
o casal, mas na corte a jovem mulher seria sempre vista como alguém muito
“estranho”.
Quando mais tarde, procuravam
regressar à colónia, Pocahontas adoeceu já a bordo do navio, que havia de os
levar a casa, o que impediu a continuação da viagem.
O seu estado de saúde era fraco e
ela acabaria por falecer em 23 /Março/1616, sem poder voltar à sua terra natal,
onde era bem aceite e sem quaisquer reservas sociais ou morais.
Em sua memória John Rolfe mandou erguer na cidade de
Gravesend, onde ela ficou sepultada, uma estátua de bronze em tamanho natural,
que imortaliza os seus amores.
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